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Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, volume 5, número 3, setembro de 2002   SUMÁRIO / CONTENTS
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Editorial

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1. Aquisição de linguagem e autismo: um reflexo no espelhoGlória Maria Monteiro de Carvalho e Telma Costa de Avelar Este estudo se propõe a uma tentativa de diálogo entre o campo de investigação da Aquisição de Linguagem e o campo de investigação da Patologia da Linguagem, no que diz respeito ao autismo. Nesse sentido, tomamos como ponto de partida o estudo da repetição e do erro nas produções verbais da criança, no início de seu percurso lingüístico. Com base nesse estudo, fizemos, então, algumas reflexões sobre a ecolalia de um menino diagnosticado como autista.Palavras-chave: Aquisição de linguagem, repetição, autismo 

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2. O tema do duplo pode esclarecer sobre o autismo e a linguagem?José Roberto de Almeida Correia, Maria do Socorro Bernardes Amorim, Débora Batista de Castro, Consuelo Bandeira de Mello Santos da Figueira, Ana Maria Barreto Campello de Lima, Eunice Ferreira Lopes de Oliveira, Telma Corrêa da Nóbrega Queiroz A origem deste artigo foi o interesse pelo tema do duplo, no contexto do tratamento dos distúrbios psíquicos severos da criança. Surgiram então questões tão distintas que podem apenas ser indicadas aqui, embora tenham esta origem comum. Se forem pertinentes, elas exigirão um desenvolvimento próprio posterior, na confrontação com a clínica: Como as crianças, e as crianças autistas, começam a falar? Qual o papel do “duplo idêntico”, do “duplo diferente”, e da duplicação na subjetivação, assim como na aquisição da linguagem? Quais os significados da inversão especular? Quais os diferentes “níveis de reconhecimento da imagem especular”? O que há de êxito e de tropeço na ecolalia? É possível articular literalidade e lateralidade? E comparar a repetição na psicose e no luto?  Mesmo a partir de um ponto de vista lacaniano, referimo-nos, sobre a duplicação, a textos kleinianos esclarecedores. Parece necessária uma maior articulação entre a predominância da palavra e do olhar no investimento da criança, e seus eventuais desdobramentos. As crianças citadas foram observadas por terapeutas no CEMPI, ou em atividades do cotidiano, ou numa psicoterapia na instituição (dois últimos casos).Palavras-chave: Duplo, autismo, ecolalia, inversão especular, alienação imaginária e simbólica, reconhecimento especular, literalidade, lateralidade 

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3. Filiation et consommation de medicaments psychotropesAlain Ducousso-Lacaze A partir de duas entrevistas semi-diretivas o autor apresenta alguns aspectos dos resultados de uma pesquisa clínica realizada com pacientes do hospital geral consumindo remédios psicotrópicos. Trata-se de evidenciar como, para alguns pacientes, o consumo e a prescrição tomam um sentido relacionado às questões em jogo na filiação narcisica. As análises clínicas remetem essencialmente à função de suporte imaginário de transmissão que os remédios podem revestir, tanto quanto ao seu papel nos conflitos entre pertinência e diferenciação em relação ao grupo familiar.Palavras-chave: Filiação narcisica, remédios psicotrópicos, fantasma de transmissão, pertinência, diferenciação 

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4. Sobre toxicomanias e distúrbiosMaria Luiza Gastal O artigo discute algumas das dificuldades encontradas pelos profissionais de saúde mental no diagnóstico e taxonomia dos distúrbios psíquicos, abordando questões teóricas relativas a sistemas de classificação, e estabelecendo comparações com uma taxonomia proposta por outra área científica. A psicanálise conferiu ao sintoma psíquico status diferenciado, que não o de mero indicador psicopatológico. Este fato, aliado à falta de um sólido marco conceitual que sustente sistemas classificatórios como o DSM-IV, impõe sérias dificuldades às tentativas de organizar as psicopatologias num sistema compreensivo.Palavras-chave: Psicopatologia, DSM-IV, psicanálise, taxonomia 

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5. Melancolia e depressão com especial atenção para a obra de São Bernardo, de Graciliano RamosFrancisco Martins O trabalho estuda a dimensão da metáfora na melancolia. Busca-se diferenciar esta da depressão. É mostrado que as depressões se apresentam costumeiramente com metáforas de queda e de luta. Nas melancolias se acrescenta a dimensão do devenir como sendo alterada na profundidade do corpo próprio. Dois aspectos ligados ao corpo são valorizados e  transparecem a dificuldade de devenir do ponto de vista das metáforas apresentadas pelos melancólicos: a desvitalização e o entravamento radical do ir e vir. Os verbos subir e descer e principalmente ir e vir são apontados como importantes nas metáforas, justamente por expressarem o bloqueio do sentir fundamental e portanto do devenir. Exemplos do romance São Bernardo de Graciliano Ramos são apresentados e discutidos.Palavras-chave: Melancolia, depressão, metáforas, Graciliano Ramos 

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6. Frei Galvão: a cura sem métodoDurval Mazzei Nogueira FilhoO autor, a partir da história de Frei Galvão, pergunta-se sobre o diálogo possível entre a ciência e a religião.Palavras-chave: Frei Galvão, ciência, religião 

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7. A perversão do femininoEdilene Freire de Queiroz Este artigo se propõe fazer uma reflexão sobre a perversão no feminino. Ele parte do princípio de que a perversão feminina não conota a mesma forma que a masculina e igualmente nem a maneira como uma e outra tomam o corpo como instrumento. Discute, um pouco, a aproximação da perversão feminina com a histeria de conversão e com os fenômenos psicossomáticos, mas destaca, fundamentalmente, a ação da Verleugnung (mecanismo básico da perversão) no corpo.Tais questões são pensadas, reportando-se a fragmentos de um caso clínico e à luz de um artigo de Alain Abelhauser, La femme et la perversion, apresentado na Jornada de Estudos da Association Freudienne Internationale (Paris, janeiro/1999).Palavras-chave: Perversão feminina, Verleugnung, corpo, sintomas psicossomáticos, Síndrome de Münchausen 

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8. La enfermedad como formalidad de vida. Del ensimismamiento a la alteraciónMaria Lucrecia Rovaletti A vida humana de acordo com Ortega y Gasset, configura-se de um modo preciso e em algumas circunstâncias que incluem as coisas, os outros, a altura e as peculiaridades socioculturais do mundo em que a gente teve que viver. Podemos compreender a vida desde seu transcorrer histórico e projetivo, mas também analisá-la como “realidade radical”, com suas “formalidades”. Perguntamo-nos: no âmbito de que “formalidade” pode julgar-se um problema psicopatológico? Partindo das noções de “ensimesmamento” e “alteração”, estudam-se seus possíveis desvios.Palavras-chave: Ortega y Gasset, antropologia, psicopatologia, eu e minha circunstância, ensimesmamento e alteração 

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9. A capacidade do bebê para estar só e o isolamento do autistaMaria Izabel Tafuri O tratamento preventivo das perturbações precoces com o risco de evolução Autista é discutido nesse texto como uma ação paradoxal do ponto de vista psicanalítico. A prevenção implica na perpetuação do pensamento psiquiátrico kraepeliano sobre a evolução obrigatória de um conjunto de sintomas de uma referida doença. Ao mesmo tempo enfatiza-se a necessidade do tratamento precoce de bebês com isolamento patológico. Palavras-chave: Autismo, auto-erotismo, prevenção, psicopatologia, Páthos

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Observando a medicina Erney Plessmann de Camargo e Mônica Teixeira    Produtos medicinais naturais

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Clássicos da Psicopatologia Carmem Lucia Montechi Valladares de Oliveira    A historiografia sobre o movimento psicanalítico no Brasil

Artigo completo  J. V. Porto Carrero   A contribuição brasileira à psicanálise

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Resenha de livros Nelson Ernesto Coelho Júnior    Histórias do inconsciente antes de Freud

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Resenha de artigos

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