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Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, volume 5, número 1, março de 2002   SUMÁRIO / CONTENTS
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Editorial 

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1. Alocando as coisas à sua própri classe: questões taxonômicas na psiquiatriaCláudio Eduardo Muller Banzato O autor explora alguns dos desafios taxonômicos ainda enfrentados pelas classificações diagnósticas em psiquiatria, enfatizando aqueles mencionados por Hempel em seu influente Fundamentals on taxonomy. Novas tendências de pesquisa e de classificação também são apontadas. Palavras-chave: Classificação, taxonomia, diagnóstico, psiquiatria 

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2. A criação artística e a divinaAugusto Boal Tempos atrás, um poeta neozelandês, religioso, quis se aprofundar no estudo daBíblia… e levou um susto. Logo no primeiro livro, o Gênese, está escrito que, no primeiro dia da Criação, Deus criou a luz para poder ver com nitidez o que fazia e não se arrepender depois. Fez-se a luz e Deus viu que a luz era boa. Iluminava. Até aí, tudo bem… 

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3. O diagnóstico em psiquiatria e psicanáliseAna Cristina Figueiredo e Fernando Tenório Este artigo discute os critérios diagnósticos em psiquiatria e psicanálise a partir de um estudo de caso assistido pela equipe multiprofissional do IPUB/UFRJ e acompanhado pela equipe da Pesquisa Clínica em Psicanálise do Programa de Pós-graduação do IPUB. Fazemos um estudo comparado entre o material da anamnese da paciente e o material da entrevista psicanalítica feita na pesquisa para demonstrar o modus operandi da psicanálise cujo cerne é fazer emergir o sujeito a partir de sua fala. Essa diferença traz sérias conseqüências na condução do tratamento.Palavras-chave: Psicopatologia, diagnóstico, psiquiatria, psicanálise, estudo de caso 

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4. Os transtornos e as dificuldades da alimentaçãoMartha Hirsch Gusmão Este texto trata das recentes iniciativas de discussão da classificação dos transtornos da alimentação em bebês e na primeira infância (feeding disorders) e de seu interesse para o campo da psicanálise. A compreensão dos transtornos e dificuldades da alimentação, como uma problemática que envolve a díade mãe-criança, remete-nos aos estudos psicanalíticos das relações objetais precoces e teorias do vínculo. O elemento cuidador encontra-se integrado à etiologia dos transtornos da alimentação. Este trabalho apresenta a proposta de classificação de Irene Chatoor, com ênfase no referencial teórico psicanalítico que permite abordar a díade alimentador-alimentado. A superação da dicotomia orgânico/não-orgânico, em psiquiatria infantil, constitui importante passo no diálogo entre disciplinas afins no campo psicopatológico. O diálogo entre psiquiatria e psicanálise abre um campo de pesquisa de novas formas de intervenção e identificação de fatores de risco e situações clínicas que permitam prevenção e profilaxia.Palavras-chave: Transtornos e dificuldades da alimentação; relação mãe-bebê (mãe-criança); psiquiatria; psicanálise; Irene Chatoor 

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5. O paradigma de Winnicott: um esboço – 1Zeljko Loparic O objetivo principal do presente artigo é apresentar uma visão unificada da contribuição de Winnicott à psicanálise. A Parte I (seções 1-4) começa mostrando que, de acordo com certos comentadores renomados, Winnicott introduziu uma mudança paradigmática na psicanálise. A fim de mostrar que essa mudança pode ser interpretada como um Gestalt switch paradigmático no sentido de Th. S. Kuhn, faz-se uma apresentação panorâmica da teoria kuhniana da ciência e, em seguida, uma reconstrução do paradigma edipiano ou triangular de Freud (paradigma de “criança-na-cama-da-mãe”). Na segunda Parte (seções 5-13), é mostrado que, já nos anos 20, Winnicott constatou a existência de anomalias insuperáveis no paradigma edipiano e, por essa razão, iniciou a pesquisa que poderia ser chamada de revolucionária, no sentido de Kuhn, buscando um novo quadro geral para a psicanálise. Essa pesquisa terminou com a elaboração, especialmente na última parte da vida de Winnicott, do paradigma alternativo dual ou de “bebê-no-colo-da-mãe”. Essa matriz é descrita com certos detalhes, especialmente a relação paradigmática dual bebê-mãe e a teoria-guia de amadurecimento pessoal. As observações finais dizem respeito à herança winnicottiana e ao futuro da psicanálise.Palavras-chave: Paradigmas, Freud, paradigma edipiano, Winnicott, paradigma “bebê-no-colo-da-mãe” 

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6. A psicanálise e os psicofármacos nas depressõesUrânia Tourinho Peres Através de um breve histórico do surgimento  e desenvolvimento dos antidepressivos, vamos chegar a um confronto entre as duas linhas de abordagem das depressões, consideradas como a “doença”, por excelência, do homem contemporâneo. A psicanálise tendo como ponto de partida a noção de conflito e a psiquiatria  uma insuficiência biológica, um deficit de neurotransmissores. Assim, duas linhas de raciocínio se desenvolvem marcando distintas posições, uma privilegiando a subjetividade do paciente e a outra a procura de uma objetividade científica. Interrogamo-nos como a psicanálise deve situar-se frente a crescente medicalização da vida e os avanços da neurobiologia, e vamos apresentar um caminho teórico que nos é facilitado por Jacques Lacan marcando a distinção entre a transferência e a sugestão.Palavras-chave: Psicanálise, psiquiatria, transferência, sugestão, conflito, neurotransmissores 

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7. Algumas questões técnicas levantadas por uma prática com crianças na ótica psicanalíticaMichel Plon O autor, a partir de uma conferência, levanta algumas questões ligadas à teoria da técnica e da prática analítica com crianças e adolescentes geralmente encaminhados à terapia por fracassos escolares e atividades delituosas.Propõe uma prática que leve essencialmente em conta a realidade desses pacientes que vivendo cotidianamente situações de maltrato físico e psíquico, entram no caminho do fracasso, da exclusão e da violência. Se o analista não levar em conta essa realidade, e ao contrário, procurar isolar essa realidade do trabalho analítico em nome da neutralidade, não tera condições estabelecer a ponte de conexão com o mundo psíquico do paciente. Nesse sentido Michel Plom fala em “prática de ótica psicanalítica”. 

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8. Feminilidade e castração: seus impasses no discurso freudiano sobre a sexualidade femininaZeferino Rocha No presente trabalho desejo submeter à discussão dos leitores o modo como Freud se confronta com o problema da castração em três momentos decisivos da trajetória de sua teoria sobre a sexualidade feminina. As três partes do trabalho procuram cobrir esta trajetória. A primeira discute o problema da castração biológica da mulher e de sua conseqüente sexualidade que Freud considera inferior, quando comparada à sexualidade masculina. A segunda mostra a importância e o destino da castração simbólica na estruturação do psiquismo e na tarefa do tornar-se mulher, embora isto não apareça no texto manifesto do discurso freudiano. E, finalmente, a terceira parte relaciona feminilidade e desamparo em um registro que se poderia dizer ontológico, tendo como referência o artigo de 1937 sobre a análise terminável e interminável, no qual Freud coloca em destaque o “rochedo de base” da castração sem, no entanto, dar-lhe a interpretação que nos parece mais adequada. Palavras-chave: Sexualidade feminina, castração, feminilidade, desamparo 

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9. Las metáforas de TerpsícoreNafia Marianne Laurence Bahena Yaghen-Vial Freud inaugura o estudo da psicanálise falando da relação mente/corpo com o conceito de pulsão que marca a ponte entre o corpo e a psique. Por outro lado, Lacan trouxe o conceito de reforço (apuntalamiento) para fundamentar o surgimento e a separação da ordem do desejo a partir da ordem da necessidade.É muito interessante analisar o vínculo dança-psicanálise porque é uma maneira de se indagar, deste outra perspectiva, sobre a relação que o corpo tem para a teoria psicanalítica.A partir da psicanálise poder-se-ia dizer que a dança coloca em essência o corpo do desejo, embora seu objeto de amor permaneça velado. A dança é uma arte da representação, um produto do mundo simbólico que, por meio do corpo, traça e evoca (na forma de uma metáfora) o mapa da alma humana.Palavras-chave: Dança, metáfora, corpo, desejo

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Observando a  medicina Erney Plessmann de Camargo e Mônica Teixeira    Doenças funcionais

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Clássicos da Psicopatologia Mário Eduardo Costa Pereira    George Beard: neurastenia, nervosidade e cultura

Artigo completo  George Beard     A nervosidade americana

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Resenha de artigos

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